domingo, 23 de abril de 2017

Diário de Bordo: Rogério Ferraz entrevista os atores Ricardo Monastero e Ando Camargo, protagonistas do espetáculo "Sobre Ratos e Homens", da obra de John Steinbeck, no CCBB - Rio.









Publicado originalmente em 1937, "Ratos e Homens", representa um dos mais belos textos do romancista John Steinbeck (1902 - 1968), sendo o autor um dos maiores de nosso tempo, laureado inclusive com o Nobel de Literatura.
George e Lennie são dois amigos bem diferentes entre si.  George é baixo e franzino, porém astuto; e Lennie é grandalhão, uma verdadeira fortaleza humana, mas com a inteligência de uma criança.  A amizade é o elo mais significativo que os une, fazendo-os enfrentar a condição de marginalizados pelo sistema, pelo fato de serem homens sem nada na vida, sequer família, que trabalham fazendo bicos em fazendas da Califórnia, em troca de comida e moradia, durante a recessão econômica americana da década de 30, conhecida como Grande Depressão, desencadeada pela quebra da bolsa de Nova York.  No caminho encontram outros trabalhadores pobres e explorados, vivendo situações que colocam em risco sua humilde existência.  O texto de Steinbeck coloca em foco, sobre o pano de fundo da crise econômica, a profunda amizade entre dois personagens marginalizados e esquecidos pelo sistema, que compartilham além da miséria, também ansiedade, desilusão e a expectativa utópica por um futuro melhor.



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 Em 1939, George e Lennie foram interpretados pela primeira vez no cinema, por Burgess Meredith e Lon Chaney Jr em "Of Mice and Men", dirigido por Lewis Milestone. No Brasil o filme recebeu o nome de "Carícia Fatal".
 Cena do filme "Ratos e Homens", em sua versão cinematográfica de 1992, com John Malkovich e Gary Sinise, que também assina a direção; interpretando respectivamente, Lennie e George.
 Com o ator Ando Camargo (Lennie)
Com o ator Ricardo Monastero (George); também responsável pela tradução e idealizador do projeto

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