"O espetáculo Pulsões caracteriza-se por uma instigante e paradoxal viagem às obscuras vivências do inconsciente humano; motivando a platéia a refletir, a partir da inquietação dos personagens, sobre as ambivalências, contradições, bem como sobre a nossa incapacidade cultural, de lidar com a perda, a culpa, a solidão e o sensorial vislumbre da incompletude" (Rogério Ferraz)
O texto do autor Dib Carneiro Neto, surge a partir do convite da diretora Kika Freire, que desejava colocar no palco uma bailarina e um maestro, personagens que vivessem em completa dependência um do outro, experienciando uma espécie de clausura atormentada. Conversas desencontradas, verdades inventadas, ressentimentos antigos, esquecimentos providenciais, paixões insanas, amarguras mórbidas e dúvidas patológicas, desfilam pelo palco, "traduzidos sensivelmente pela impactante leveza lírica da performance dramática de Fernanda de Freitas e Cadu Fávero; acompanhados pela precisão musical de João Bittencourt (piano) e de Maria Clara Valle; responsáveis pela execução de partituras, que pontuam magistralmente, o crescente turbilhão emocional vividos pelo maestro e sua bailarina. Nesta obra de arte em movimento, fruto da harmonia cênica de todos os profissionais envolvidos, não posso deixar de mencionar a cenografia e figurino de Teca Fichinski; assim como também a fotografia e programação visual, assinada por Victor Hugo Cegatto".
"Pulsões" continua no Rio, até o final de agosto, no Teatro Poeira; quinta, sexta e sábado às 21 horas e domingo às 19 horas; seguindo temporada para São Paulo a partir de setembro. Imperdível !
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