quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

Momento de Natal







Em memorável performance musical, no último sábado, 19/12/2015, o Coral Eclesia, formado na 1ª Igreja Batista do Rio de Janeiro e regido pela Professora Anna Campello Egger, realizou às 19h30, sua apresentação comemorativa de Natal, dentro da programação de eventos do Shopping Village Mall; que reservou o espaço localizado na escadaria do piso L1, próximo ao lago das carpas, para que o público pudesse apreciar o talento de cantores e instrumentistas, interpretando canções que evocavam o poder da fé e o valor da sensibilidade humana.  No vídeo acima, uma das belas canções interpretadas pelo coral, acompanhadas pelo registro de imagens (logo abaixo) da comovente apresentação.
O Divã Cultural deseja a todos, um Feliz Natal e que em 2016, todas as promessas de vida, se tornem a mais esperançosa realidade. 





domingo, 20 de dezembro de 2015

Diário de Bordo: Rogério Ferraz entrevista Bel Kutner e o ator e psicanalista Antonio Quinet, sobre o espetáculo "Hilda & Freud", em Cidade das Artes.













O espetáculo "Hilda & Freud" parte de um dos mais importantes testemunhos de uma paciente sobre a prática da psicanálise efetuada por seu fundador (Por Amor a Freud, editora Zahar).  A poeta se desfaz de qualquer mecanismo de censura, com o intuito de revisitar um passado conturbado, que provocou seu bloqueio literário.  Em seu ofício de escritora, atuando como romancista, poeta e ensaísta, durante este período, só conseguia escrever cartas.  O espectador acompanha a vida de uma mulher visionária, bem à frente de seu tempo, trilhando um percurso marcado por traumas vivenciados durante a primeira guerra, defrontando-se com seus medos, amores, sonhos e lutas.  Todo este rico material de vida, recebe de seu analista, precisas e geniais intervenções, que acabariam por modificar a vida da escritora, fortalecendo os laços de uma relação de amizade que duraria por toda uma vida, até a morte de Freud, durante seu exílio em Londres.  Hilda Doolittle, viria a se tornar um ícone da corrente literária "imaginista", influenciando também todo um movimento feminista que assumiu suas posições como manifesto: "As mulheres são perfeitas".  "Perfeitas com suas faltas", como veio a acrescentar Sigmund Freud.







"A estréia de Hilda e Freud" em Londres foi uma das experiências mais emocionantes da minha vida.  Essa emoção se renova a cada apresentação.  A peça que foi escrita para ser encenada "no último endereço (de Freud) neste planeta", veio à luz e os iluminados fomos nós.  Com a mão generosa de Regina Miranda na mise en espace e o brilho de Ana Vicentini, o teatro aconteceu - com sua magia, paixão e inquietante estranheza.  Essa experiência é agora renovada com a querida Bel Kutner como Hilda Doolittle aqui no Brasil, onde trazemos um mundo onírico, arqueológico e poético dessa análise tocante recriado por Analu Prestes, que "garimpa poesia na natureza".Foi e continua sendo uma honra representar Freud entre seus "deuses" que, com seus pacientes, o fizeram construir um saber que transformou a humanidade (,,,)
Tudo isso é transformador.  Assim como sentir o terror que Freud viveu na época do nazismo e seu amor e admiração por Hilda Doolittle.  E transmitir ao público seu método de fazer o outro transformar-se.  E quem sai transformado a cada espetáculo sou eu ... que convido a todos a essa experiência transformadora".  (Antonio Quinet)



sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

Diário de Bordo: Rogério Ferraz no "Festival da Lua Cheia" com Emanuelle Araújo e banda Moinho, em shopping Village Mall.




Na vida de Emanuelle Araújo, os primeiros passos na trajetória teatral e na carreira como cantora, sempre representaram uma atividade muito natural, pelo prazer, pela felicidade com que desempenha ambos os talentos.  Sua primeira grande oportunidade aconteceu em 1999, quando substituiu a cantora Carla Visi, na banda "Cheiro de Amor".  Foi cantora revelação no carnaval de Salvador no ano de 2000.  Depois a frente da "Banda Eva", que teve Ivete Sangalo em seus vocais, participou de expressivos festivais como o de Montreux, Festival de Verão de Salvador por 3 anos consecutivos, além de marcar presença em festivais da Alemanha, Hungria, Itália e Portugal.  Em 2007, fazia seu primeiro trabalho para TV, como a personagem Clotilda, da novela "Pé Na Jaca".  Naquele mesmo ano, destacou-se no cinema, ao interpretar Rosa, protagonista do filme "Ó Pai, Ó", ao lado de Lázaro Ramos.  Em 2008, sua personagem Manu, ganhou valorosa relevância na trama da novela "A Favorita".  No teatro, atuou na montagem da peça "Tieta" (2008) e "Colapso" (2010).  No ano de 2011 destacou-se no seriado "As Brasileiras", de Daniel Filho, no episódio "A Desastrada de Salvador"; na novela "Cordel Encantado", como Florinda Alfredo; e fechando o segundo semestre; participou do remake da novela "Gabriela".  Paralelo a seus trabalhos como atriz, atuava desde 2004, cantando com a Banda Moinho, da qual fazem parte até hoje, a percussionista Lan Lan e o violonista Toni Costa.  Mais recentemente, teve sucesso no papel de Dandara, nas temporadas 2014 / 2015 de "Malhação".
Nas imagens abaixo, a convite da programação cultural do Shopping Village Mall, Emanuelle Araújo juntamente com a Banda Moinho, comandou o show ao ar livre "Festival da Lua Cheia", no deck deste shopping carioca.  O evento aconteceu na noite da última terça, 15 de dezembro de 2015.  Ao final da animadíssima interação com o público, Emanuelle concedeu um breve e afetuoso depoimento ao blog do Divã Cultural.










Natureza Humana - Leitura Dramatizada: Giovana Benitez interpreta "Insustentável Desejo" e "Eterno Primitivo", de Rogério Ferraz.




Atuando como as personagens Dinorah / Teresa, na mais recente montagem do clássico da dramaturgia "Otto Lara Resende ou Bonitinha, mas Ordinária" de Nelson Rodrigues, com direção de Ana Zettel; a atriz Giovana Benitez também havia se destacado anteriormente, como uma das protagonistas na montagem do musical "Chicago", pela companhia teatral "Buscarte".  Agora, a atriz participa juntamente com o autor Rogério Ferraz da série de ensaios poéticos intitulada "Natureza Humana - Leitura Dramatizada", compartilhando com o público do Divã Cultural, este gentil encontro do talento teatral com a prosa poética.  As duas primeiras leituras, "Insustentável Desejo" e " Eterno Primitivo", representam um afetuoso preâmbulo, dos trabalhos que virão a seguir.  Aguardem !







Como Dinorah, em "Otto Lara Rezende ou Bonitinha, mas Ordinária"
 
Giovana Benitez no musical "Chicago".

sábado, 12 de dezembro de 2015

Diário de Bordo: Rogério Ferraz entrevista o ator e cineasta Carlos Alberto Riccelli






Durante a entrevista, Carlos Alberto Riccelli nos fala sobre seu mais recente filme "Amor em Sampa" que dirige ao lado do filho Kim; atuando ao lado dele e da esposa Bruna Lombardi, responsável pelo roteiro.  E também, sobre sua visão pessoal, como primeiro leitor de "Jogo da Felicidade", a nova obra literária de Bruna Lombardi; vindo a conceder este depoimento, durante a noite de autógrafos de lançamento do livro, no Rio de Janeiro.











Na companhia da atriz e amiga Giovana Benitez, durante lançamento do livro "Jogo da Felicidade", em Livraria da Travessa, Shopping Leblon.


Em que consiste a essência do mais recente livro da atriz e escritora Bruna Lombardi, "Jogo da Felicidade"?  Nada melhor do que as palavras da autora, para defini-lo.

"Este livro é o nosso percurso, vai das coisas mais simples, cotidianas, aos grandes acontecimentos da vida.  Seja o que for, uma simples tarefa, um projeto de trabalho, uma história de amor, sempre existirão medos, obstáculos a serem superados, esperanças a serem renovadas, tentativas, desistências, lições e transformações.  Ninguém está isolado; por mais individual e solitário que seja a jornada de cada um, ela interfere, influi e afeta a todos.  A energia do todo, do qual fazemos parte, é resultado da energia que irradia e emana de cada um de nós.  Somos todos heróis da nossa própria história e essa é a nossa jornada.  Quando nos conectamos com nossos sentimentos mais íntimos, com a nossa voz interior, com a fala silenciosa da nossa emoção, estamos nos conectando com o Universo.  Ao longo de todo o percurso da nossa jornada, vamos descobrir nosso divino, o Deus dentro de nós".  (Bruna Lombardi)

segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Diário de Bordo: Rogério Ferraz entrevista a atriz Claudia Ohana, sobre a peça "A Voz Humana", em Teatro Clara Nunes.










O espetáculo, baseado no clássico do poeta francês Jean Cocteau, de 1930, é uma comédia dramática que nos apresenta a solidão de uma mulher intimamente inconformada pelo término do relacionamento com o homem de sua vida.  Numa tentativa desesperada, apesar da distancia que a separa de seu amante, sempre tão fugidio, envolto em mentiras e agora nos braços de outra mulher; ela se utiliza do recurso de uma linha telefônica, para através da palavra, da emoção de sua voz, viver o sonho angustiante de reconquistá-lo.  " A Voz Humana", é o primeiro monólogo da carreira de Claudia Ohana; e um desafio artístico, depois de 35 anos de uma trajetória vitoriosa em cinema, teatro e televisão; que ela tem o prazer de dividir com seu público, valendo-se de apurada dramaticidade e elegante senso de humor.  Com direção de José Lavigne, a peça está em cartaz no Teatro Clara Nunes (Shopping da Gávea), até 20/12/2015; aos sábados, 19 horas e domingos, 18 horas.  Vale conferir !








Diário de Bordo: Rogério Ferraz entrevista a atriz e dubladora Ana Paula Schneider.









2015 foi o ano de Alice!  Diversas homenagens pelo mundo inteiro, entre filmes, exposições e montagens teatrais, comemoraram os 150 anos da clássica personagem de Lewis Carrol; o matemático inglês capaz de criar um universo onírico de intrigantes descobertas, que vem encantando gerações de crianças e também de adultos dispostos a revisitar a obra, obtendo assim, enriquecedoras releituras do fascinante simbolismo desse conto de fadas.
No Brasil, entre tantas festividades envolvendo a obra de Lewis Carrol, o Divã Cultural, tem o prazer de destacar o recente espetáculo teatral em cartaz no Teatro Vannucci (Shopping da Gávea - Rio de Janeiro), com direção de Pedro Valério e tendo no papel de Alice, o talento da jovem e promissora atriz Ana Paula Schneider, também dubladora, com uma cativante vertente para a comédia; que conquistou a atenção da mídia, através de suas participações no programa Prêmio Multishow de Humor.  Lá apresentou esquetes com performances muito elogiadas, que a projetaram para novos trabalhos artísticos, como este, protagonizando "Alice No País Das Maravilhas".  No elenco, igualmente experiente e afinado com o tom singelo do espetáculo:: Carlos Darzé, Luiza Surreaux, Lorena Ramos, Ricardo Knupp, Rodrigo Naice, Vanessa Schnee, Sergio Somene.  O espetáculo está no Teatro Vannucci, sábados, domingos e feriados às 16 horas.  Vale conferir com toda família.






quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Diário de Bordo: Celebrando Nelson Rodrigues, no espetáculo "Otto Lara Resende ou Bonitinha Mas Ordinária", no Teatro da ABI.




Nada mais "freudiano" do que um texto de Nelson Rodrigues.  Como já dizia Sigmund Freud, "Nenhum ser humano é capaz de esconder um segredo.  Se a boca se cala, falam as pontas dos dedos".  E o teatro de Nelson Rodrigues, constitui a prova mais evidente desta verdade psicanalítica.  Entre tantas obras emblemáticas, como "Vestido de Noiva", "Toda Nudez Será Castigada", "Perdoa-me Por Me Traíres", "Os Sete Gatinhos", "Otto Lara Resende Ou Bonitinha Mas Ordinária" (atualmente em nova montagem no Rio, no teatro da ABI); o polêmico gênio de nossa dramaturgia, incomodava o puritanismo hipócrita de uma sociedade conservadora, estereotipada; desde os seus primeiros espetáculos no início dos anos quarenta, auge do colapso de nossa civilização, que atravessava o período de duas hediondas guerras mundiais.  Suas peças não eram datadas; não carregavam o estigma de um frenesi criativo momentâneo.  Continham a essência universal, atemporal, das tragédias gregas; da arqueologia social, política e psicológica, dos textos shakespereanos; mesmo quando aparentemente falavam de situações típicas do cenário urbano carioca ou do cotidiano brasileiro.
O roteiro nelsonrodrigueano, sempre foi povoado por arquétipos da natureza humana, suplantando toda e qualquer barreira geográfica ou histórica.  Suas personagens, esculpidas por sentimentos ambivalentes e paradoxais, nos fazem encarar de frente todas as faces de nossa personalidade, escondidas sob sucessivas máscaras de farsesca adaptação social.  Brutais, ingênuos, sarcásticos, impostores, românticos, suicidas; enfim, uma diversidade de tipos psicológicos, podem ser revisitados em suas obras, que parecem contextualizar duas outras observações freudianas, realizadas no século passado, capazes de confirmar mais do que nunca, a contemporaneidade distópica em que vivemos, naufragando entre a falência da globalização e os extremismos da intolerância, tanto nas redes sociais, como testemunhando diariamente "a vida como ela é".  Freud dizia: "É quase impossível conciliar as exigências do impulso sexual e da agressividade, com as da civilização".  E pouco tempo depois, acrescentaria em outro de seus textos: "Em última análise, precisamos amar para não adoecer".  Esta dualidade de assumir o incontestável, sem desfazer de uma perspectiva de esperança na consciência humana também está presente na obra de Nelson, especialmente na possibilidade de redenção, assumida pelo casal protagonista de "Otto Lara Resende Ou Bonitinha Mas Ordinária".  Neste espetáculo, a frase atribuída a Otto por Nelson, "o mineiro só é solidário no câncer", aparece diversas vezes de forma quase obsessiva sugerindo que apenas as situações de desgraça, abrem precedente ao aparecimento episódico da solidariedade, destoando da constante falta de escrúpulos, de caráter, do gênero humano.  Tal idéia, também nos remete ao escritor Dostoiévski, quando conjecturava que, se Deus não existe, tudo é permitido, ninguém precisa ter sentimentos, escrúpulos, moral, absolutamente nada.  No enredo de Nelson Rodrigues, como uma tentação espectral, esta frase  assombra o contínuo Edgard, que oscila entre aceitar a propodsta de se casar, por dinheiro, com Maria Cecília, filha do milionário patrão (Werneck) e manter-se honesto, casando-se com Ritinha, o amor de sua vida.  Quando tudo parecia indicar que a trama se encaminharia para uma tragédia, Edgard nos salva através da nobreza de sua atitude, ao queimar o cheque com o qual seu patrão tentara lhe corromper.
"Por meio do gesto extraordinário de Edgard, Nelson nos livra de um final funesto e, ao fazê-lo, acaba por oferecer um espaço de salvação para o Brasil, um suspiro de esperança, de dignidade e de honestidade em meio à generalização da corrupção que se tornou ordinária entre nós, contaminando nossas relações privadas e públicas." (Marta Fernández e Sacha Rodrigues)


O espetáculo é uma produção da Companhia Theatral Os Ordinários Do Palco, com direção de Ana Zettel e vinte talentosos atores no elenco.  Entre eles, a participação especial do ator e produtor Nelson Vinicius Odenbreit Rodrigues (Sacha Rodrigues), neto do dramaturgo Nelson Rodrigues.  Em cartaz  no Teatro da ABI (Associação Brasileira de Imprensa), no Centro - Rua Araújo Porto Alegre, 71 / 9° andar; sextas e sábados às 19 horas, até 20/12/2015.  Vale conferir !        




Rogério Ferraz entrevista a atriz Giovana Benitez









Rogério Ferraz entrevista a diretora Ana Zettel







Rogério Ferraz entrevista o ator e produtor Sacha Rodrigues












Elenco reunido: João Garrel, Tati Pasquali, Jamile Kras, Ana Zettel (diretora), Isabela Mantovani, Mariana Mendonça, Yara Brazão, Clícia Zoé Brandão, Cassiano Barreto, Giovana Benitez, Danielle Dias, Vanja Freitas, Rodrigo Candelot, Anna Kessous, Pedro Pauleey, Macximo Bóssimo, Alfredo Garcês, Márcio Vidall, Alan Camara e ao centro Sacha Rodrigues.



"Quando fui convidada para dirigir"Otto Lara Resende Ou Bonitinha, Mas Ordinária a quatro meses atrás, confesso que hesitei,,,  Texto potente, muitos personagens e verba nenhuma...  mas...  como resistir ao chamado de Nelson Rodrigues.  É preciso coragem e confiança para se lançar no abismo que Nelson propõe.  Coragem porque é uma altura vertiginosa e confiança porque ele é um gênio e empresta a corda para que não nos espatifemos no solo.  Eleco, equipe e proposta modificaram ao longo dos ensaios, foram entrando atores e técnicos tão apaixonados pelo "anjo pornográfico", quanto eu e a qualidade subindo.  Considero o meu maior mérito como diretora a capacidade de reunir profissionais da melhor qualidade em sinergia com este desafio.  Desafio aceito, aqui está o espetáculo feito com meu melhor." (Ana Zettel)

sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Diário de Bordo: Rogério Ferraz na Noite de Estréia do Espetáculo "Versão Brasileira Möeller & Botelho - 25 Anos de Musicais




Como é prazeiroso revisitar 25 anos de uma parceria pioneira e vitoriosa do teatro musical brasileiro, onde a diversidade de opinião, sempre dialogou em harmonia, aparando arestas individuais, buscando o consenso da mais apurada beleza estética.  Assim continua sendo o segredo da longevidade empreendedora da dupla Möeller & Botelho, que neste ano de 2015 celebram as bodas de prata de um relacionamento profissional baseado no autêntico compromisso de uma leal sensibilidade, inerente ao perfil de uma verdadeira identidade familiar.  Malu Rodrigues, que o diga.  Uma menina que viu seu sonho se realizar, como num musical da vida real; quando subiu ao palco pela primeira vez, sob o olhar atento e carinhoso de seus mentores e padrinhos da arte cênica, Charles e Claudio.  Malu cresceu, como ser humano e artista, tornando-se uma jovem atriz de talento surpreendente, capaz de capturar nossa emoção com sua presença cênica, seu canto liricamente angelical e uma atuação precocemente madura, enternecida por cativante jovialidade.
O espetáculo Versão Brasileira - 25 anos de Musicais, com Claudio Botelho e Malu Rodrigues acompanhados pelos músicos Edgar Duvivier, Marcelo Castro e Thiago Trajano; recebeu no Teatro Clara Nunes, de seus fiéis admiradores, que acompanharam esta ousada trajetória teatral de 38 espetáculos, (entre musicais autorais, da Broadway, de Londres; nacionais, incluindo shows e revistas musicais); como também, um público mais recente, que ao estabelecer contato com suas obras atuais, foram arrebatados pelo saudável vício do encantamento, tornando-se ávidos por conhecer todos os passos desta jornada criativa cada vez mais próspera.
No palco, a performance de Claudio Botelho e Malu Rodrigues, envolve o público numa atmosfera familiar, como se estivesse participando daquele "lar" de lembranças acolhedoras; convidado a compartilhar da intimidade afetiva, de canções que fizeram parte não apenas da história de seus intérpretes, mas que também visitava mansamente nossas memórias de vida, privilegiando nossos corações com um banquete musical, de irresistível nostalgia.
Malu Rodrigues, que marca presença em seu décimo espetáculo, é a Musa tão querida de Charles e Claudio.  Depois de atuar em "A Noviça Rebelde" (2008); protagonizar "O Despertar da Primavera" (2009); ser a doce Doroty de "O Mágico de Oz" (2012); participar de "7 - O Musical" (2007); "Beatles Num Céu de Diamantes" (2008), atualmente em nova montagem; "Um Violinista No Telhado" (2011); "Todos Os Musicais de Chico Buarque Em 90 Minutos" (2014) e "Nine - Um Musical Felliniano" (2015); Malu volta a nos emocionar, no belíssimo reencontro, com canções destes musicais.  Destaco particularmente sua performance em "Mamma, Me Explica" (MammaWho Bore Me), de "O Despertar Da Primavera"; "Além Do Arco Íris" (Over The Rainbow), de "O Mágico De Oz"; e "Tatuagem", de "Todos Os Musicais De Chico Buarque Em 90 Minutos".
Claudio Botelho, nos brinda como intérprete em momentos magistrais, aliando o talento cênico, a uma descontraída comunicação com a platéia, digna do experiente e espirituoso showman, que se tornou no decorrer de sua carreira.  Quando interpreta "Eu Tinha Um Sonho Pra Viver" (I Dreamed A Dream), do espetáculo "Les Miserábles", recordamos um de seus mais expressivos triunfos, que contribuiu para consagrá-lo como o maior versionista de nosso país.  Em "Sassaricando", Claudio convida o músico Edgar Duvivier para dividir o aconchegante "sofá das boas lembranças"com Malu Rodrigues, apresentando uma canção amada por todos e acompanhada por um coro discreto e saudoso, vindo espontaneamente da platéia.  E ao final do show, em dueto com Malu Rodrigues, imbuídos de uma deslumbrante leveza romântica, cantam "I"ll Never Fall In Love Again", canção do mestre Burt Bacharach, feita para o filme que no Brasil, foi intitulado "Se Meu Apartamento Falasse", próximo projeto dos produtores Moeller & Botelho, para o primeiro semestre de 2016.
Não podemos deixar de ressaltar, a direção precisa e sensível de Charles Möeller, capaz de fazer com que sua presença poética esteja em cena, a cada canção, a cada sorriso ou lágrima contida; tanto no palco, quanto na platéia.
"Versão Brasileira - 25 Anos de Musicais", com Claudio Botelho e Malu Rodrigues, está em temporada no Teatro Clara Nunes (Shopping da Gávea), de 11 de novembro a 17 de dezembro; às quartas, 21 horas; e quintas, 17 horas.  Não deixem de conferir esta dica imperdível do Divã Cultural.