segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

Diário de Bordo: Rogério Ferraz entrevista os atores Charles Asevedo, Cesar Bournier e Malu Pizzatto sobre a peça "A Lição" no Teatro do Centro Cultural dos Correios.




No espetáculo "A Lição", de Eugène Ionesco, vemos um onisciente professor, bastante popular e conhecido na cidade, recebendo uma aluna para orientação particular, a fim de que consiga fazer o doutoramento total.  O professor é especializado em aritmética, filologia, línguas e qualquer matéria que a aluna necessite aprender; contando com a austera supervisão de uma misteriosa governanta. A trama começa com um jogo de cortesia, elegância e gentilezas entre professor e aluna, que logo será quebrada a partir da incapacidade da aluna na compreensão da lógica do professor; precisando imediatamente da interferência da sua fiel governanta, vindo a adverti-lo de um possível e enigmático perigo; o que reforça o suspense crescente da trama, lembrando por vezes o universo hitchcockiano.



Considerado juntamente com o irlandês Samuel Beckett, o pai do Teatro do Absurdo, segundo o qual é preciso "para um texto burlesco, uma interpretação dramática; para um texto dramático, uma interpretação burlesca; o teatro de Ionesco, além de trabalhar com o ridículo das situações mais banais, representa de maneira contundente, a solidão humana e a insignificância de sua existência.  O autor não gostava que todas as suas obras fossem categorizadas como teatro do absurdo, preferindo o termo insólito, que abordava de forma mais abrangente o lado pavoroso e maravilhoso diante da estranheza do mundo.  "Não é porque não compreendemos uma coisa, que ela é absurda"; como bem resumiu seu biógrafo André Le Gall.
Filho de pai romeno e mãe francesa, Ionesco passou a maior parte da infância na França, mas no princípio da adolescência regressou a Romênia onde se formou como professor de francês, casando-se em 1936.  Seu regresso à França, seria para conclusão da tese de doutoramento em 1938.  Apanhado pela eclosão da segunda guerra, um ano depois, Ionesco permaneceria na França, tornando-se um dos maiores escritores do país; sendo inclusive eleito membro da Académie Française em 1970.  Morreu aos 81 anos, em 1994, estando seu corpo no cemitério do Montparnasse, em Paris.

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domingo, 5 de fevereiro de 2017

Diário de Bordo: Rogério Ferraz entrevista o cantor e compositor Evandro Mesuita sobre o show "Blitz - Aventuras II", em Teatro Bradesco (Rio).






O novo álbum da Blitz "Aventuras II", traz seis anos depois a mesma mistura sonora da irreverente banda carioca, com nome inspirado no LP da estréia do grupo "As Aventuras da Blitz", de 1982.  O mais recente trabalho ferve com a combinação de rock, pop, funk, reggae, samba e blues; característica da Blitz e a participação de convidados tão ilustres quanto inusitados, durante a gravação do álbum: Paralamas do Sucesso, Frejat, Arnaldo Brandão, George Israel e Dadi, assim como amigos de outras paragens como Seu Jorge, Sandra de Sá, Zeca Pagodinho, Alice Caymmi, Andreas Kisser, Pretinho da Serrinha e MC Cert.  Em 1982 a lona foi esticada sobre o Arpoador, surgindo um espaço multicultural e democrático conhecido como Circo Voador.  Naquele palco praiano nasce a Blitz; com origem no grupo teatral "Asdrúbal Trouxe o Trombone"; tendo naquele mesmo ano atingido com a gravação do compacto "Você não soube me amar", no período de três meses a marca de 100 mil cópias vendidas e depois com o lançamento do primeiro LP, a marca de um milhão de cópias.
A formação atual da Blitz é Evandro Mesquita (vocal, guitarra e violão), Billy Forghieri (teclados), Juba (bateria), Rogério Meanda (guitarra), Claudia Niemeyer (baixo), Andréa Coutinho (backing vocal) e Nicole Cyrne (backing vocal).





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