sábado, 28 de maio de 2016

Diário de Bordo: Rogério Ferraz entrevista a cantora Thalita Pertuzatti e o diretor do espetáculo "Uma Saudação à Whitney Houston", Rafael Mello, em Teatro Bradesco,


Considerada a Whitney Houston brasileira, a cantora Thalita Pertuzatti acumula uma trajetória vitoriosa ao longo dos últimos anos; ao vencer o concurso de calouros do Programa Raul Gil, em 2009; estar entre os finalistas do "The Voice Brasil"em 2012, além de participações em diversos outros programas da mídia nacional.  Desde 2015, a cantora se apresenta com o show em homenagem a Whitney Houston, interpretando os grandes sucessos da popstar  internacional.  Sua performance impressiona a todos, por conseguir alcançar as mesmas notas que a saudosa Whitney.  Suas duas últimas apresentações no Rio, em maio, no Teatro Bradesco, emocionaram e contagiaram o público carioca.  Na sequência, os depoimentos da cantora e do realizador e diretor do espetáculo, Rafael Mello.























domingo, 15 de maio de 2016

Diário de Bordo: Rogério Ferraz entrevista as atrizes Letícia Spiller, Rosamaria Murtinho e o diretor do espetáculo Dorotéia de Nelson Rodrigues, Jorge Farjalla












Uma análise globalizante da obra de Nelson Rodrigues permite a afirmação de que retorna incessantemente os mesmos temas, trabalhando com padrões, construindo um vasto painel da classe média burguesa; alvo constante de suas peças.  Rompendo com quase todas as tradições cênicas, jogou com vários planos dramáticos, instaurando a simultaneidade temporal e de ação no teatro brasileiro.  Segundo o crítico Sábato Magaldi, "o jogo entre a objetividade e a subjetividade é o seu mais expressivo recurso (...) numa dialética de incontestável riqueza a oscilar entre o mundo imaginário e o exato corte psicológico".  Nesse sentido, foi um desbravador do palco brasileiro.  Misturam-se no seu teatro, o drama, a tragédia, a comédia e o lirismo, numa captação densa e original do universo: ponto de partida para jovens atores, divisor de águas de um teatro do passado.  Nelson cria um teatro extremamente desagradável, que trata dos desejos inconscientes, dos conflitos não resolvidos, enfim, do nosso eu mais profundo.  Ele mesmo afirmou: "Numa palavra, estou fazendo um teatro desagradável, peças desagradáveis.   E por que peças desagradáveis ?  Segundo já se disse, porque são obras pestilentas, fétidas, capazes por si sós, de produzir o tifo e a malária na platéia".  Nelson procura uma temática universal e, mesmo quando parece estar fazendo uma comédia de costumes, na realidade está tratando dos grandes mitos arquetípicos, isto é, dos grandes símbolos inconscientes comuns a toda sociedade.
"Dorotéia", escrita em 1949, fecha o ciclo das obras do Teatro Desagradável, assim intitulado por Nelson; e sucede "Album de Família" (1945), "Anjo Negro" (1946) e "Senhora dos Afogados" (1947).  As Obras Míticas, chamadas assim pelo crítico Sábato Magaldi, foram efetivamente o momento de reflexão do autor e trouxeram outro universo para atores, diretores e críticos em geral.  São obras poéticas, viscerais, sobretudo simbólicas e repletas de signos.  "Dorotéia" talvez seja a que menos agrida socialmente por se tratar do culto à beleza e do que ele representa.  Mas há nas entrelinhas um objeto maior do que o da destruição dessa beleza (tema central da obra), que é o amor.
O espetáculo "Dorotéia", está em curta temporada na Sala Eletroacústica, da Cidade das Artes, até 29 de maio; sábados às 20 horas e domingos às 19 horas.  Dias 14 e 21 de maio, explanação do diretor da peça, Jorge Farjallo, acompanhado de debate com o público, na Sala de Leitura, às 18:30 horas.  No elenco: Rosamaria Murtinho, Letícia Spiller, Alexia Dechamps, Anna Machado, Dida Camero e Jaqueline Farias.  A direção musical é de João Paulo Mendonça, filho de Mauro Mendonça e Rosamaria Murtinho.
Imperdível !

Galeria de Fotos


 Debate na Sala de Leitura mediado por Rogério Ferraz em 14/05/16


Com o diretor Jorge Farjalla


Com a atriz Letícia Spiller


Com a atriz Rosamaria Murtinho, completando 60 anos de carreira